O The Game Awards 2024 anunciou seus indicados e, como esperado, incluiu alguns títulos questionáveis que fracassaram em termos de público e venda, como Dragon Age: Veilguard, que vendeu apenas 500.000 cópias em sua semana de lançamento (com mais de 30.000 reembolsos), Star Wars Outlaws, com uma média 5 na avaliação dos usuários (Metacritic), e Prince of Persia: The Lost Crown, tão ruim que teve sua equipe de produção dissolvida. Estou falando de três franquias icônicas e importantes na história dos games, mas que foram muito mal representadas por estes últimos títulos.

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Começando por Veilguard, um jogo medíocre em sua essência, que, inexplicavelmente, conseguiu uma vaga na categoria "Inovação em Acessibilidade". A pergunta que não quer calar é: essa indicação se baseia em méritos reais ou é apenas uma tentativa desesperada de distribuir um prêmio de consolação? 

Veilguard, a mais recente adição ao outrora glorioso universo de Dragon Age, é uma sombra pálida de seus antecessores. A história é rasa, os personagens são caricatos e o gameplay é repetitivo. As opções de acessibilidade, embora presentes, não apresentam nada de inovador, sendo limitadas a recursos básicos como modo daltonismo e remapeamento de botões, entre outros,  enquanto jogos como The Last of Us Part II e Forza Horizon 5 demonstram como a acessibilidade pode ser integrada de forma criativa e imersiva. Mas isso parece ter sido o suficiente para garantir uma vaga no palco do TGA.

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Outro que se beneficiou da categoria acessibilidade e fisgou um lugar na categoria, pasmem, "Melhor Jogo de Ação/Aventura" (que não tem o menor sentido de existir, pois a premiação tem outra categoria englobando apenas a tag "ação"), foi Prince of Persia: The Lost Crown. A direção de arte é controversa, a jogabilidade extremamente confusa (fora de qualquer coisa já apresentada na série) e a história completamente esquecível. A ausência do príncipe, elemento central da franquia, contribuiu para a recepção negativa do jogo por parte dos fãs e da crítica especializada.

Star Wars Outlaws conseguiu ir além. Mesmo com o peso de seu nome e o caminhão de dinheiro investido, não cumpriu sua promessa de "revolucionar o universo Star Wars com uma aventura de mundo aberto". O resultado? Perdas financeiras gigantes, um jogo genérico e sem alma, que desperdiça totalmente o potencial da franquia, com missões repetitivas, mundo aberto vazio e personagens pouco inspirados. Mas, ei, ele tem Kay Vess empoderada... E tem ação! É o suficiente. Além das duas categorias anteriormente mencionadas, conseguiu abocanhar a indicação em "Melhor Atuação".

Voltando ao cerne da questão, é claro que acessibilidade em jogos é importante. Permitir que pessoas com deficiência experienciem o mundo dos games é algo louvável e necessário. Mas usar a acessibilidade como muleta para jogos ruins é um desserviço à indústria e aos jogadores. Como falei lá no começo, é como dar um prêmio de consolação a um atleta que tropeçou na linha de chegada.

A impressão que fica é que a indicação desses jogos foi uma jogada política, uma forma de mostrar que o TGA está "antenado" com certas pautas. Mas essa inclusão forçada soa falsa e oportunista, especialmente quando existem jogos de qualidade que realmente inovam em acessibilidade, inovam em gameplay e são sumariamente ignorados.

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Se o TGA fosse minimamente sério, deveria premiar a excelência, não a mediocridade disfarçada de progressismo. Incluir jogos medíocres apenas para cumprir certas agendas é um insulto aos desenvolvedores que se lascam para criar jogos de qualidade (um grande abraço aos indies aqui, sei de suas dificuldades) e aos jogadores que buscam experiências memoráveis. 

A inclusão é importante, mas não pode ser usada como escudo para encobrir a falta de qualidade. Lembrem-se disso!

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