O desenvolvimento de Resident Evil 9 já carrega um peso de mudanças e recomeços desde seus primeiros passos, datados de 2017, quando a Capcom começou a rascunhar o que seria o próximo capítulo da saga de horror.

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Segundo o insider DuskGolem, a ideia original era ambiciosa: transformar a experiência principal em um vasto mundo aberto multiplayer, onde Leon S. Kennedy e Jill Valentine desbravariam uma ilha fictícia inspirada em Singapura. Essa proposta, no entanto, foi drasticamente revertida após o lançamento de Resident Evil Village, que reposicionou a série de volta ao horror claustrofóbico dos corredores estreitos e cenários fortemente guiados pela narrativa.

O uso do RE Engine – já responsável pelo visual e pela atmosfera impactante dos capítulos mais recentes – chegaria a novos patamares se a vertente de mundo aberto tivesse sido mantida. Mapas repletos de zonas urbanas degradadas, selvas densas e instalações científicas abandonadas teriam ganhado vida em combate cooperativo, com ameaças biológicas surgindo em lotes, forçando os jogadores a coordenarem estratégias em tempo real. Ainda assim, a Capcom optou por recalibrar todo o projeto, preservando apenas a ambição de entregar um Leon que, desta vez, lidera a maior parte da trama.

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Apesar da guinada, grande parte do enredo segue guardada a sete chaves pela desenvolvedora. O que se sabe com alguma segurança é que Leon continuará na linha de frente — uma escolha confortável para fãs que acompanham sua jornada desde Raccoon City — e que a ambientação insular pode permanecer, embora talvez em escala muito menor e sem o componente multiplayer que inicialmente pautava o design. 

A estimativa mais recente de DuskGolem coloca o anúncio oficial ainda em 2025 ou, no mais tardar, no início de 2026, com lançamento previsto para o mesmo ano e sem novas prorrogações além das duas já registradas nos escritórios da Capcom. Enquanto isso, a comunidade especula sobre as implicações dessa virada criativa. Por um lado, a decisão de abandonar o universo open world multiplayer pode ter sido influenciada pelo receio de dispersar o horror que fez Resident Evil ser referência absoluta no gênero. Por outro, mantém-se a curiosidade sobre como a franquia adotará, em seu formato single-player, elementos de exploração e liberdade antes sonhados: será que corredores mais amplos e zonas semi-abertas dividirão espaço com a tensão de encontros surpresa? E como a narrativa vai justificar uma ilha de resorts e bairros futuristas após a queda de uma corporação maligna?

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A Capcom mantém-se em silêncio institucional sobre qualquer detalhe concreto, dando a entender que prefere conduzir o mistério e o suspense também fora dos jogos. Enquanto isso, as vozes de outros insiders ajudam a compor as peças de um quebra-cabeça que só será revelado quando o trailer finalmente chegar. Até lá, resta aos jogadores a expectativa por um Resident Evil 9 que honre suas raízes — o horror visceral em ambientes confinados — e, ao mesmo tempo, surpreenda com ambições técnicas e narrativas que, por enquanto, ainda vivem apenas no rascunho dos estúdios em Osaka.

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