Imagine reunir um time de peso para criar um RPG. O escritor de Dungeons and Dragons, o desenhista da melhor fase do Homem-Aranha e o designer de Morrowind e Oblivion se juntaram para fazer isso. O resultado? Kingdoms of Amalur: Reckoning, um jogo que, apesar de sua qualidade, foi eclipsado por Skyrim. Vamos explorar essa história e entender por que esse jogo é tão especial.
Era 11 de novembro de 2011 quando Kingdoms of Amalur: Reckoning foi lançado. O jogo chegou em um momento em que Skyrim estava dominando o mercado. Skyrim não só transformou o gênero RPG, mas também estabeleceu um novo padrão para mundos abertos. Com um mundo vibrante e cheio de detalhes, Skyrim fez com que muitos jogos, incluindo Amalur, parecessem pequenos em comparação.
A equipe por trás do jogo
A história de Amalur começa muito antes de seu lançamento. Em 2000, a Big Huge Games foi fundada, e em 2008, a 38 Studios foi criada por Kurt Schilling, um ex-jogador de baseball. Schilling reuniu um time de desenvolvedores experientes, incluindo Ken Rolston, designer chefe de Morrowind e Oblivion, Todd McFarlane, criador de Spawn e desenhista da fase mais famosa do Homem-Aranha, e R.A. Salvatore, escritor de fantasia conhecido por suas histórias em Dungeons and Dragons. Esse time formou o que muitos chamam de Dream Team Ocidental dos RPGs.
A jogabilidade e o mundo de Amalur
Kingdoms of Amalur se destaca por várias mecânicas inovadoras para a época:
- Sistema de destinos: em vez de classes fixas, o jogo oferece 41 destinos que podem ser desbloqueados ao longo da jornada.
- Combate em tempo real: o jogador pode realizar ataques, esquivas e combos, criando um ritmo de jogo fluido.
- Mundo interconectado: embora não seja um mundo totalmente aberto, as áreas são amplas e interligadas, com mais de 250 missões paralelas.
Narrativamente, o jogo tem uma rica lore, mas alguns personagens não conseguem cativar o jogador. As escolhas que você faz podem ter impacto, mas muitas vezes isso é mínimo, o que ocasionalmente frustrou alguns jogadores.
Reações sobre o lançamento
Quando Kingdoms of Amalur foi lançado, ele recebeu críticas mistas, com uma pontuação média de 80 a 81 no Metacritic. Apesar de vender mais de 1 milhão de cópias, o estúdio não conseguiu cobrir suas dívidas. A necessidade de vender 2 milhões de cópias para equilibrar as contas foi um golpe duro.
A falência da 38 Studios em maio de 2012 foi um triste desfecho para um jogo que tinha tanto potencial. O que poderia ter sido um grande sucesso se tornou um exemplo dos riscos de orçamentos inflacionados na indústria de jogos.
Em 2018, a THQ Nordic adquiriu os direitos de Kingdoms of Amalur e lançou uma versão remasterizada. Embora o jogo tenha sido atualizado, muitos jogadores sentiram que as mecânicas estavam datadas. Mesmo assim, a remasterização trouxe Amalur para uma nova geração de jogadores e reacendeu o interesse pelo universo do jogo.
Kingdoms of Amalur é um exemplo de como a indústria de jogos pode ser imprevisível. Ele nasceu da ambição de um time talentoso, mas também mostrou os riscos de um orçamento elevado e a competição feroz no mercado. Apesar de não ter mudado o destino do mercado como se esperava, ele deixou sua marca como uma obra ousada e apaixonada.
E você, já conhecia Kingdoms of Amalur? Jogou ou ficou interessado? Deixe seu comentário!
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