No início de 2010, a expectativa para um novo jogo da franquia Aliens vs. Predator era grande. O último FPS da série datava de quase uma década, e o retorno da Rebellion Developments, o mesmo estúdio por trás do clássico de 1999, prometia um reboot fiel e aterrorizante. O resultado foi um jogo que entregou momentos de puro brilhantismo, especialmente em sua campanha de Fuzileiro, mas que, no geral, ficou marcado como uma experiência superficial e de potencial desperdiçado.

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A promessa do reboot 

A premissa era perfeita: três campanhas distintas e interligadas, permitindo ao jogador experienciar o conflito sob as perspectivas do Fuzileiro Colonial, do Alien (Xenomorfo) e do Predador. A Rebellion, com sua experiência no universo, parecia a escolha ideal para reviver a glória da série. O objetivo era claro: usar a tecnologia da sétima geração de consoles para criar a simulação definitiva do icônico confronto, com um foco renovado no horror e na ação visceral.

Uma experiência dividida 

Lançado em fevereiro de 2010, AvP recebeu notas medianas da crítica especializada, pairando na casa dos 65-68 no Metacritic. O consenso era claro: o jogo tinha pontos altos inegáveis, mas era prejudicado por uma execução irregular e uma falta de profundidade.

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O terror de ser a caça 

O ponto mais elogiado universalmente foi a campanha do Fuzileiro Colonial. A Rebellion conseguiu capturar com maestria a sensação de vulnerabilidade e pavor de ser caçado no escuro. Com corredores claustrofóbicos, munição escassa e o som aterrorizante do sensor de movimento, a experiência era um verdadeiro survival horror. Cada sombra era uma ameaça, e o silêncio era mais assustador que qualquer combate, recriando perfeitamente a atmosfera do filme Aliens. A campanha do Predador também foi bem recebida, entregando a fantasia de poder de ser um caçador tecnológico, invisível e mortal.

Campanhas curtas e uma execução frustrante 

O principal problema do jogo era sua curta duração e falta de substância. Cada uma das três campanhas podia ser concluída em pouquíssimas horas, deixando um gosto de "quero mais" que nunca era saciado. A campanha do Alien, em particular, foi a mais criticada. Os controles para andar em paredes e tetos eram confusos e imprecisos, e a jogabilidade, que deveria ser focada em furtividade e emboscadas, acabava se resumindo a ataques frontais desajeitados.

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O multiplayer, que deveria ser a joia da coroa, sofria com problemas de balanceamento (Predadores eram quase sempre dominantes) e um sistema de matchmaking falho, o que minou sua longevidade.

Competente, mas esquecível 

Aliens vs. Predator (2010) não é um jogo ruim, mas é fundamentalmente esquecível. Ele vive à sombra de seus predecessores mais complexos e não conseguiu se firmar como o reboot definitivo que prometia ser. É lembrado como um "ótimo jogo para alugar no fim de semana" – uma explosão de diversão curta e intensa, mas sem a profundidade ou o conteúdo necessários para se tornar um clássico. Seus momentos de genialidade na campanha do Fuzileiro mostram o que o jogo poderia ter sido, tornando seu resultado final ainda mais frustrante.

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